Essa é uma dúvida recorrente. É natural que ela surja, posto que há uma intercessão entre essas áreas de atuação profissional em saúde mental.
Podemos começar a saná-la recorrendo à investigação sobre o objeto, formação, instrumentos de trabalho, enfim, o que cada um destes especialistas faz.
Vamos tratar sobre esse tema no decorrer do artigo.
Você está procurando por um psiquiatra em Fortaleza?
O Dr. Eduardo Gomes é médico psiquiatra atuante em Fortaleza, com experiência em diagnosticar e tratar transtornos do humor (p. ex. depressão), transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtornos alimentares, transtornos do sono, esquizofrenia, transtornos de personalidade, TDAH, entre outros.
Se você está procurando por um atendimento psiquiátrico diferenciado, sem pressa, feito por um médico experiente, pronto para escutá-lo, entender o seu problema e ajudá-lo, veja mais sobre o Dr. Eduardo.
Currículo:
- Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC)
- Residência Médica em Psiquiatria pelo Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) – UFC
- Experiência em atendimento no sistema público (Centro de Atenção Psicossocial – CAPS) e privado
- Licenciatura em Física pela Universidade Estadual do Ceará (UECE)
O Dr. Eduardo possui certificados de excelência e mais de 110 comentários 5 estrelas no Doctoralia, além de avaliação 5 estrelas também no Google.
Veja alguns depoimentos de pacientes reais:
Psiquiatra e Neurologista são médicos
Antes de mais nada, já podemos fazer uma “peneira grossa”. O psiquiatra e o neurologista são médicos antes de serem o que são, psiquiatra e neurologista.
Para se tornarem o que são, estes fazem residência médica, uma espécie de pós-graduação (ganha esse nome porque os médicos antigamente praticamente se mudavam para viver no Hospital e fazer o curso, “residiam” lá).
Os psicólogos têm outra formação, portanto não são médicos. Essa diferença parece trivial, mas para boa parte da população isso tem grande peso.
Ora, um médico, devido sua formação (com cadeiras de anatomia, fisiologia, histologia, parasitologia, semiologia, genética, patologia, farmacologia, prática clínica etc.) é habilitado para prescrever remédios. O psicólogo não tem essa formação, portanto não passa remédios.
Psicólogos
Por outro lado, o psicólogo tem uma robusta formação sobre os mais diversos estudos sobre a mente. É o significado do seu nome (a palavra “psicólogo” significa aquele que estuda a mente).
A mente, ou a psique, tem muitas definições. Defini-la não é objetivo desse texto. Vamos abordá-la como algo que representa o centro gerenciador do ser humano.
Se compararmos ao computador, seria o software desse computador. O psicólogo, nessa analogia, seria o perito em software. Ora, sabemos que há muitos software diferentes para computadores (Windows, Linux, MacOS etc.). Analogamente, nossas mentes obedecem a padrões dinâmicos diferentes e isso ainda muda ao decorrer da vida. Por isso, há linhas de abordagem psicológicas diferentes (Psicanálise, TCC, Gestalt, Psicodrama, PNL, Logoterapia etc.).
Seguindo essa analogia da computação, os médicos (dentre eles psiquiatra e neurologista) seriam especialistas em “hardware” e o psicólogo, como já foi dito, em “software”.
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Psiquiatra: médico da mente
No entanto, o psiquiatra é um profissional diferente dentre os médicos. Ele não cuida só do “hardware”, do corpo (pois ele é médico). Ele também cuida da mente. Daí o significado do seu nome (a palavra psiquiatra significa médico da mente, psique ou alma).
Ele também, assim como o psicólogo, estuda em sua residência (pós-graduação) a mente humana e torna ainda mais robusto o seu entendimento na prática de tratar com recursos farmacológicos a mente.
Ele recebe recursos para poder diagnosticar o que está afetando essa mente, seja a causa algo da própria mente, da alimentação, infecção ou conseqüentes disfunções do próprio corpo.
Neurologista
E o Neurologista, também não faria a mesma coisa? Apesar de terem até muitos pontos em comum, ainda mais porque os primeiros psiquiatras eram neurologistas, os neurologistas atêm-se mais à alteração do próprio corpo, mais especificamente do Sistema Nervoso e tudo que lhe diz respeito.
Na nossa analogia com computadores, o psiquiatra seria como um técnico que limpa a máquina, bota pasta para o processador não esquentar e até instala os programas. Já o neurologista, avaliará a eletrônica da placa, se o capacitores e resistores estão funcionando direito, se tem trilha defeituosa etc. Seria algo realmente mais “hard” e o psiquiatra mais “soft”.
Isso fica ainda mais claro quando se dá exemplos: o neurologista atende paciente com cefaleia (dor de cabeça), acidentes vasculares encefálicos, epilepsia (quadros convulsivos), esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Guillain-Barré, etc.
Para estes mesmos pacientes elencados acima, o psiquiatra pode dar suporte tratando os abalos ansiosos e emocionais que esses problemas neurológicos podem causar (p. ex. metade dos pacientes que sofrem um AVC podem desenvolver depressão).
Há ainda casos que podem ser tratados tanto por psiquiatras como por neurologistas (por geriatras também), como vários tipos de demência, embora neurologistas e geriatras costumem ter maior expertise nestes casos.
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O psiquiatra, portanto, é o profissional que passa remédio (diferentemente do psicólogo), tem conhecimentos sobre a mente e o corpo humano (podendo separar se o problema é do corpo ou da mente, se é infecção, se é droga etc.). Se o problema é mais “hard” – do corpo –, ele envia (ou trabalha junto) ao neurologista. Se o problema é “soft” – da mente – ele envia (ou trabalha junto, o que geralmente acontece) ao psicólogo.
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Tá certo. Entendi o que cada um faz. Mas ainda não sei para qual eu devo ir. Devo seguir alguma seqüência?
O que foi exposto acima faz, como dito logo no início (“peneira”), o interessado no tratamento ter algum filtro, algum referencial.
Se o que está acometendo o paciente é algo urgente, emergente e até ameaça a vida, já se pensa mais em psiquiatra ou neurologista. Não se levará uma suspeita de AVC a um psicólogo, por exemplo, mas a um neurologista ou a um emergencista.
Se o sofrimento não está nesse nível tão corporal, no entanto tem havido grande prejuízo e ainda mais arrastando-se por um bom tempo, aí é hora de ir direto para um psiquiatra. Por exemplo:
- “Meu irmão está trancado no quarto há meses”;
- “Estou ouvindo vozes”;
- “Meu tio está achando que todo mundo quer fazer mal a ele”;
- “Minha irmã não dorme, fala muito rápido, estoura o cartão de crédito e antes ela era bem calminha”;
- “Tenho ido a emergências várias vezes na semana achando que vou morrer, mas lá dizem que não tenho nada e só me dão tranquilizantes” etc.
Para todos estes (ainda há outros), ir a um psiquiatra logo em primeira escolha é o mais indicado.
Não havendo eventos como esses, o caso sendo eletivo (ou seja, você elege quem e quando vai ver, sem urgência e emergência), então é caso para psicólogo.
Uma observação importante é o tratamento multiprofissional. É comum que o paciente tenha necessidade de ser acompanhado por um psicólogo e um psiquiatra, um neurologista e um psicólogo, um psiquiatra e um neurologista ou ainda por todos os três ao mesmo tempo.
Outra informação importante é que quando idoso (de 65 anos para cima, por exemplo), sempre é bom levar, principalmente se o caso é eletivo, para um geriatra.
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